Quatro anos depois, Scola e Splitter vão se reencontrar no Mundial de basquete no dia 7 de setembro (Foto: Reuters)
Há quem diga que um raio na cai duas vezes no mesmo lugar. Imagina então cair não só no mesmo lugar, como no mesmo dia e na mesma época. Pois é isso que o Brasil vai tentar evitar neste domingo, às 17h (Brasília), no Palacio de Deportes de Madri, quando entrar em quadra para enfrentar a Argentina. Há exatos quatro anos, no dia 7 de setembro, as seleções duelaram também pelas oitavas de final da edição passada da Copa do Mundo. Na mesma data em que D.Pedro I proclamou a separação do país com Portugal e proferiu a célebre frase: “Independência ou morte”, o Brasil morreu em 2010 com a derrota para o arquirrival por 93 a 89. O responsável por mandar a tropa verde e amarela de volta para casa foi o “Marechal” Luis Scola, que liderou seu exército com 37 pontos e nove rebotes.
Agora, 1.461 dias depois daquele encontro, os brasileiros têm uma nova chance de soltar o grito preso na garganta, que só aumenta com a repetição das frustrações contra os rivais. Depois de 2010, as equipes voltaram a se encontrar outras duas vezes em partidas eliminatórias, ambas vencidas pela Argentina. Em 2011, na decisão da Copa América, novamente Scola foi o carrasco com seus 32 pontos. No ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Londres, revés por 82 a 77, com o pivô sendo o cestinha de sua equipe com 17 pontos.
– Esse tipo de coisas (coincidência de data histórica) ficam mais com vocês (jornalistas). Nosso objetivo é ganhar medalha e, para isso, temos que passar pelos os adversários. Agora é a Argentina, tem esse “plus” de termos jogado alguns jogos decisivos em campeonatos importantes, mas, no fundo, o objetivo é um só: chegar próximo da medalha – declarou Marcelinho Machado, o jogador com mais tempo de seleção.
Neste século, em jogos oficiais, o Brasil perdeu 15 e venceu oito, sendo ultrapassado nos confronto diretos (34 a 32). Pior, sem nenhuma conquista grandiosa, viu a geração de ouro com Manu Ginobili, Luis Scola, Pablo Prigioni, Carlos Delfino, Andrés Nocioni e outros craques colocar a medalha de ouro olímpica no peito, em Atenas, 2004, além da prata mundial em 2002.
Fonte: globoesporte.com – Postado às 11:18