Série B é a única divisão com representantes de todas as regiões do Brasil
Com o inédito rebaixamento do Internacional à Série B e a permanência de Sport e Vitória na elite, definido após a rodada final do Brasileirão, neste domingo, encontram-se formadas as três principais divisões do campeonato nacional para a temporada 2017, envolvendo os 60 principais clubes do país.
Sob o aspecto da formação das divisões, algumas novidades merecem destaque: após um ano de hiato, 2017 terá o retorno do Centro-Oeste à Série A com o acesso do campeão Atlético-GO. Será, também, a primeira vez na qual o Rio Grande do Sul terá um único representante na elite desde a instauração dos pontos corridos. Situação semelhante só havia acontecido uma única vez, em 1992, após rebaixamento do Grêmio. O Rio, por sua vez, comemora o reencontro de seus quatro grandes na Série A graças ao sofrido retorno do Vasco. Os grandes cariocas não disputam todos juntos a Primeira Divisão desde 2013.
Na Série B, a presença colorada reforça a predominância sulista no campeonato, que segue democrático. Com a volta do Paysandu à disputa, em 2015, colocando a Região Norte na competição, todas as regiões do Brasil estão representadas no torneio pelo terceiro ano seguido.
Também contando com representantes de todas as regiões, a Série C continua polarizada entre clubes do Sudeste e do Nordeste. Eles representam 80% dos times do campeonato, que tomou da Segundona o posto de divisão com o maior número de estados envolvidos: serão 13 na próxima temporada.
Numa análise dos números desde 2009 – ano em que a Série C passou a ter 20 clubes como as Séries A e B -, percebemos que certas situações mudaram nos últimos anos. O Sudeste perdeu força na Série B devido ao enfraquecimento do interior paulista. Em 2011, por exemplo, havia sete paulistas na Segundona – hoje são apenas dois. Esse espaço foi “conquistado” pela Região Sul, especialmente a partir do crescimento do futebol catarinense, que chegou a ter quatro clubes na elite em 2015.
Por outro lado, nota-se a dificuldade do Nordeste de quebrar a barreira de três clubes na Série A. Para 2017, há a volta do Bahia, mas o número não muda devido ao rebaixamento do Santa Cruz. A última vez em que a região teve número mais expressivo do que esse foi em 2001, ainda na era do mata-mata, em edição na qual o Brasileirão teve 28 clubes, quatro deles nordestinos. Situação mais difícil só a da Região Norte, longe da elite desde a queda do Paysandu, em 2005.
Fonte: Globoesporte.com – Postado às 13:10