O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou nesta sexta-feira que o conselho da entidade decidiu seguir com a ideia de ampliar a quantidade de países na próxima Copa do Mundo, em 2022, no Catar. A princípio, o aumento de 32 para 48 seleções participantes só havia sido aprovado para 2026, quando o torneio vai ser disputado nos Estados Unidos, Canadá e México, mas é desejo do cartola antecipar a ideia para a próxima edição do torneio.
O resultado foi aprovado entre 36 membros da entidade, durante uma série de reuniões em Miami. Mas, para sair do papel, o projeto ainda depende de um próximo encontro que acontece em junho, em Paris – o Congresso da Fifa, evento que reúne os 211 países filiados para votar.
– Enviamos um relatório de viabilidade para o nosso Conselho e concluímos que é possível fazer com 48 seleções, desde que atendidas algumas condições. Se for possível, ótimo. Se não for, ótimo também. Aumentar a Copa de 2022 para 48 seleções não é uma decisão simples. Vamos decidir isso em junho, junto com o Catar – disse o presidente Gianni Infantino.
Um estudo encomendado pela própria Fifa concluiu que é possível atender o desejo de seu presidente, desde que o Catar aceite dividir a Copa do Mundo com alguns países vizinhos: Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Arábia Saudita. O grande obstáculo, neste caso, não está no mundo do futebol.
Todos os países que compõem a Fifa topam aumentar o número de participantes da Copa do Mundo – ou não teriam autorizado 48 participantes para o Mundial de 2026. O problema é que Emirados Árabes, Bahrein e Arábia Saudita (entre outros países) impuseram um bloqueio econômico ao Catar em 2017 e não parecem dispostos a ceder. Pelo mesmo motivo, o Catar também não topa dividir a Copa do Mundo (que é sua por contrato) com esses países.