Reunião do IFAB decidiu liberar testes com o uso de vídeo no futebol
O uso de imagens, enfim, poderá auxiliar os árbitros em partidas de futebol. Em decisão histórica na manhã deste sábado, a IFAB (International Football Association Board), órgão que regulamenta as regras da modalidade, e a Fifa deram sinal verde para testes com o auxílio de vídeo.
A entrada da tecnologia no futebol foi o principal ponto discutido no 130º encontro anual do IFAB, em Cardiff, no País de Gales. Os testes deverão ser realizados por, no mínimo, dois anos, com início, no máximo, até a temporada 2017/18.
“A expectativa não é atingir 100% de precisão nas decisões para cada incidente, mas evitar decisões claramente incorretas em situações pré-definidas que podem mudar um jogo – gols, pênaltis, cartões vermelhos direto”, diz nota oficial divulgada pela Fifa.
A IFAB aceitou permitir um tipo de experimento, que envolverá um assistente de vídeo que terá acesso a replays durante a partida. Ele poderá ou revisar a jogada a pedido do árbitro ou tomar a iniciativa de avisar sobre algum lance que o juiz tenha perdido.
Segundo o IFAB e a Fifa, nos resultados dos testes, não será considerada apenas a melhora ou não nas decisões dos árbitros, mas também o impacto no jogo como um todo para uma decisão final.
Agora, a IFAB deve fazer um encontro nas próximas semanas com organizadores de competição e a Fifa para definir um calendário para os próximos 24 meses. A ideia é que haja um período de pré-testes, com treinos de capacitação para os árbitros.
Ao todo, confederações de 13 países já haviam manifestado o interesse em adotar o uso da tecnologia para os árbitros, inclusive a CBF, que apresentou sua ideia à IFAB após a sucessão de erros no Campeonato Brasileiro de 2014.
Outros pontos – Além do uso de tecnologia, o encontro também discutiu outras mudanças na regra do futebol. Uma delas será que a bola não precisará mais ser tocada para frente no apito inicial; outra, que um jogador lesionado após uma falta de cartão amarelo ou vermelho não precisará mais deixar o campo para ser atendido – o que, teoricamente, daria vantagem numérica ao agressor.
A “tripla punição”, com um jogador sendo expulso e ainda suspenso por cometer um pênalti, também poderá ser revista após um período de testes de dois anos. A IFAB ainda considera permitir uma quarta substituição em partidas que forem para a prorrogação.
Fonte: ESPN.com.br – Postado às 20:50