Com Flamengo e Corinthians abocanhando, sozinhos, 28% dos R$ 300 milhões divididos pela Rede Globo no pay-per-view do Brasileiro, os demais clubes se articulam para tentar mudar a forma como o rateio do dinheiro é feito. Eles não apenas contestam a metodologia utilizada nas pesquisas pelo Ibope em conjunto com o Datafolha como propõem um modelo supostamente mais democrático para distribuir a receita.
A princípio, o diretor executivo de esportes da emissora, Marcelo Campos Pinto, não descartou a discussão.
Pressionado pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, durante o Conselho Técnico da Série A, na última segunda-feira, ele respondeu apenas que a CBF não era o fórum adequado para o assunto. Uma reunião deve acontecer em maio.
Boa parte dos dirigentes contesta a estratégia de pesquisa dos institutos, considerada rasa por contar com um campo que compreende, segundo dados de 2014, apenas 1.825 mil domicílios e menos de 10 mil torcedores. Mais do que isso: baseada apenas na pergunta para qual time o entrevistado torce.
Detentora dos direitos de transmissão do Brasileirão, a TV Globo começou a repassar os R$ 300 milhões a serem divididos pelos clubes a partir do final de fevereiro. Esse dinheiro é referente à venda de pacotes de pay-per-view em 2014 e distribuído a partir de pesquisa realizada pelo Ibope em conjunto com a Datafolha entre os meses de junho e julho. No último ano, foram cerca de 10 mil entrevistados, que asseguraram a manutenção de Flamengo e Corinthians na frente, com praticamente um terço de toda a receita.
Fonte: ESPN.com.br – Postado às 14:17