No dia 21 de Abril de 2005, uma década atrás, goleiro assinou primeiro contrato com o Leão.
A desconfiança era compreensível. Desde a saída de Bosco, no fim do ano 2000, uma romaria de goleiros passou pelo Sport. Só em 2001 foram seis: Fábio, Paulo Sérgio, Zetti, Ney, Neneca e Marcelo Moretto. Era difícil achar um substituto à altura. Titular absoluto em dois grandes times do Sport, em 1998 e 2000, Bosco chegou à seleção brasileira.
O vazio de 2001 continuou no ano seguinte. Em 2002, Adinam, Danilo e Marcondes não convenceram. Um goleiro só voltaria a ter destaque no Sport em 2003. Maizena viveu grandes momentos, mas ainda não honrava a tradição de nomes como Manoelzinho, Manga, Tobias, Emerson Leão, País, Gilberto, Bosco.
Dez anos atrás, em abril de 2005, mesmo após dois anos de altos e baixos, Maizena ainda era o titular. No dia 20 daquele mês, o Sport anunciava a contratação de um tal Magrão, goleiro já com 28 anos e reserva do Rio Branco-SP. As primeiras informações eram tão discretas quanto a personalidade de Alessandro Beti Rosa. O contrato seria assinado no dia seguinte.
Dez anos depois, é difícil definir o que Magrão representa para o torcedor do Sport. Uma década atrás, ele era apenas mais um goleiro na mira do olhar desconfiado de uma torcida exigente que o faria sentir a pressão de vestir a camisa 1 rubro-negra. A trajetória foi construída passo a passo, inicialmente com muita ressalva dos torcedores e da própria imprensa. Uma década depois, Magrão é um caso raríssimo. Admirado por grandes nomes, como Rogério Ceni, e até pelos rivais. São 10 anos de Sport recheados de conquistas. O maior goleiro, para muitos, é também o maior ídolo da história do clube.
Fonte: globoesporte.com – Postado às 08:13