Maria Sharapova anunciou ter sido flagrada em exame antidoping (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)
A russa Maria Sharapova convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, em um hotel em Los Angeles, para anunciar que foi flagrada no exame antidoping pela substância Meldonium durante o Aberto da Austrália, em janeiro. Segundo a tenista, atual número 7 do mundo, a Federação Internacional de Tênis (ITF) enviou uma carta informando sobre o exame na última semana.
– Eu assumo total responsabilidade. É importante dizer que a substância não estava na lista de banidas até o ano passado. Eu tomei legalmente pelos últimos dez anos. Em janeiro, as regras mudaram, e a substância foi proibida e eu não sabia. É o meu corpo, é o que eu coloco dentro dele. Não posso culpar ninguém que esteja treinando comigo – declarou Sharapova, contando também que havia recebido em dezembro a nova lista de substâncias proibidas, mas não a olhou.
Organizadora dos Grand Slams, a ITF explicou o caso em comunicado oficial. A amostra pelo qual Sharapova foi pega no doping foi coletada no dia 26 de janeiro. A tenista foi notificada no dia 2 de março e admitiu a presença da substância proibida. A entidade anunciou que a russa será suspensa provisoriamente no dia 12 de março até a definição do caso. A pena máxima é de quatro anos.
Também em comunicado oficial, a Wada informou que, “para proteger a integridade do caso”, ela não vai se manifestar até uma decisão final da ITF. Assim que isso acontecer, a entidade garantiu que vai analisar o veredito e decidir apelar ou não junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Sharapova afirmou que tomava o medicamento Mildronate, que continha a substância Meldonium, desde 2006, para tratar uma deficiência de magnésio e evitar a diabetes. Até o ano passado, a substância era permitida pela Wada.
– Eu comecei a tomar esse medicamento em 2006. Eu tinha alguns problemas de saúde na época, ficava doente o tempo todo, Meu corpo era falho em magnésio, há um histórico de diabetes na família e havia sinais de diabetes. Esse era um dos medicamentos, junto com vários outros, que eu tomava.
Em 2015, a Wada incluiu o Meldonium na lista de observação para determinar os efeitos na performance e o quantitativo de atletas que faziam uso. Ele entrou na lista de substâncias proibidas em 2016 como um “modulador metabólico”, devido “ao uso de atletas para aumentar a performance”, segundo a Wada. Porém, a entidade havia publicado desde setembro do ano passado a lista atualizada de substâncias proibidas que vigoraria a partir de janeiro deste ano. De forma geral, o Meldonium é usado para tratar doenças como isquemia, que decorre da falta de circulação de sangue no corpo.
Fonte: Globoesporte.com – Postado às 23:13